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Comemorações dos 50 anos do 25 Abril já começaram na Maia

ByMItv

Nov 5, 2023

Conferência da passada sexta-feira marcou abertura do programa de atividades até novembro 2024.

“Vou votar sempre para honrar o seu sacrifício”. A afirmação partiu de um dos alunos que, esta sexta-feira, assistiu à conferência “Prisões políticas no tempo da ditadura”, cujo orador foi Domingos Abrantes Ferreira.

Depois do antifascista opositor ao regime do Estado Novo, ter contado a sua experiência marcada por 11 anos de cativeiro “por pensar de forma diferente”, 16 dias e 16 noites de tortura de privação o sono, o resistente foi aplaudido de pé pelos alunos do ensino secundário dos agrupamentos de escolas da Maia. “Fui privado de liberdade por querer liberdade”, contou aos jovens.

“Não há nada mais importante para que uma sociedade progrida e se desenvolva, para que se afirme como uma sociedade civilizada e justa, do que a Liberdade e a Democracia”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal da Maia, na abertura dos trabalhos.

Aos jovens, António Silva Tiago instigou a fazer perguntas, a pedir esclarecimentos e a participar “sempre na vida democrática da vossa comunidade”. “Nunca permitam que sejam outros a decidir por vós e tomai nas vossas mãos o futuro de Portugal e da terra onde viverdes. A vossa participação ativa na vida política democrática é a melhor forma de preservar a Liberdade e a Democracia”.

A conferência marcou a abertura das comemorações dos 50 anos do 25 de abril. Esta sexta-feira foi também apresentada pelo Vereador da Cultura, Mário Nuno Neves, a programação, que vai decorrer até novembro de 2024, com uma série de atividades, que procura colocar a comunidade educativa no centro das celebrações, com o objetivo de reforçar a compreensão e importância histórica do 25 de Abril, do ponto de vista político, social e económico.

A conversa com Domingos Abrantes Ferreira foi “chocante”, mas “esclarecedora”. Nunca se falou muito sobre o tema em casa de Maria Monteiro e Alice Pereira porque quando se deu o 25 de Abril de 1974 os pais ainda nem eram nascidos. Em casa de Maria não há grandes histórias até porque o avô só foi para a tropa em 1975.

As duas alunas da Escola Secundária da Maia consideram que a história do Estado Novo e da Revolução dos Cravos que lhes é contada na escola “é muito cor-de-rosa”. Alice ficou chocada “com o facto de a Pide usar os filhos para torturar as mães”.

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