Programação dedicada aos 50 anos do 25 de abril.
No passado dia, 13 de dezembro, os Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural apresentaram na Casa-Museu Teixeira Lopes a programação da Onda Bienal 2024. No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, várias exposições e iniciativas serão dedicadas à “Revolução dos Cravos”, impactando a comunidade artística, académica, escolar e social em Vila Nova de Gaia, Espanha e Brasil.
Depois de a 5.ª edição da Bienal Internacional de Arte Gaia ter destacado, em 2023, o continente africano como geografia convidada para a aproximação a outras realidades artísticas, 2024 dá palco ao Brasil num intercâmbio de exposições coletivas de artes plásticas entre Mato Grosso do Sul e Vila Nova de Gaia.
Os Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural apostam na Onda Bienal nos anos intercalares da Bienal Internacional de Arte como projeto de dinamização que envolve centenas de artistas em várias cidades do país e no estrangeiro. Reforçando o objetivo de afirmar Gaia como “Cidade das Artes”, a programação integra iniciativas dirigidas ao Município de Vila Nova de Gaia, mas projetadas também noutras localizações.
“A Onda Bienal garante uma dinâmica de exposições individuais e coletivas em vários locais ao longo dos anos em que não se realiza a Bienal. Não podemos limitar-nos a apresentar trabalhos a cada dois anos, mas devemos chamar o público e os artistas a descobrir novas expressões criativas e a conhecer a arte de outros países através dos intercâmbios que realizamos”, destacou Agostinho Santos, Diretor da Bienal Internacional de Arte Gaia.
A Onda Bienal arrancará, a 21 de março, com a exposição intitulada «Isidoro nunca Visto», na Biblioteca Municipal de Gaia. “Este é o dia em que Jaime Isidoro faria 100 anos. Vamos homenagear o centenário do nascimento de Jaime Isidoro, um grande nome da arte e divulgador da arte. Vamos mostrar obras inéditas. Vai ser uma exposição intimista e que vai mostrar o lado humanista do Isidoro”, declarou Agostinho Santos. A partir desse dia, as ruas do concelho vão ser ‘invadidas’ por cartazes e autocolantes, meios de comunicação usados na altura da Revolução do 25 de abril.
Haverá espaço para outras exposições, nomeadamente: «Liberdade», que vai estar em exibição na Galeria de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no Brasil; «O meio ambiente», no âmbito do intercâmbio com o Brasil, a ser apresentada em maio em Vila Nova de Gaia; «50 anos do 25 de abril» vai abordar a liberdade e os 50 anos do 25 de abril e vai tentar mostrar um diálogo especial entre os artistas que nasceram no pós-25 de abril de 1974 e os artistas que viveram durante a ditadura em Portugal; «25 de abril/ 25 artistas», integrada no Plano Nacional das Artes; «Coletiva em Ferrol» integrará 60 artistas de Portugal, mas também das Astúrias e da Galiza (Espanha) e vai estar patente no Museu da Construção Naval de Ferrol, na Galiza, entre julho e agosto; entre outras.
A Onda Bienal, desenvolvida em parceria com a Câmara Municipal de Gaia, irá terminar, em dezembro, com a «Venda de Natal», uma exposição coletiva de artes plásticas.