Os enfermeiros vão estar em greve no dia 15 de março, em luta pela atualização da tabela salarial, remunerações justas, melhores condições de trabalho e dignificação da carreira, anunciou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
A paralisação vai decorrer entre as 08h00 e as 24h00 (turnos da manhã e tarde) de dia 15 de março e abrange os enfermeiros do setor público e social.
Os serviços mínimos abrangem situações de urgência nas unidades de atendimento permanentes que funcionem 24 horas por dia, serviços de internamento também operacionais 24 horas, cuidados intensivos, blocos operatórios (exceto cirurgias programadas), urgências, serviços de hemodiálise e tratamentos oncológicos.
No que diz respeito aos tratamentos oncológicos, os serviços mínimos incluem cirurgias ou início de tratamentos de radioterapia ou quimioterapia em novos diagnósticos de doenças oncológicas classificadas com nível de prioridade 4. Além disso, cirurgias em doenças com prioridade 3 são abrangidas se não puderem ser reprogramadas nos 15 dias seguintes, juntamente com a continuidade de tratamentos em curso.
Os serviços mínimos também englobam tratamentos programados em curso, sessões planejadas de programas de radioterapia e quimioterapia, assim como tratamentos diários em regime ambulatório.
Em relação a outras situações, como cirurgias programadas, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) sugere que estas sejam consideradas de acordo com o plano de contingência das instituições, semelhante à tolerância de ponto ou cancelamentos de cirurgia no próprio dia, quando inviável realizá-las no horário normal de atividade do pessoal ou do bloco operatório.
O SEP destaca que não é necessária a prestação de serviços mínimos nos casos de hospital de dia, pois as exigências de urgência e casos especialmente graves em matéria oncológica já estão satisfeitas.
Quanto ao pessoal necessário para efetuar os serviços mínimos, será o mesmo que o definido para os turnos da noite, acrescido de três profissionais de enfermagem (um instrumentista, um anestesista e um circulante) no bloco operatório, além de um enfermeiro para assegurar o recobro em cirurgias oncológicas.
Esta greve do SEP tem como principais reivindicações a atualização das tabelas salariais, remunerações justas, dignificação da carreira de enfermagem e melhores condições de trabalho. A última greve nacional de enfermeiros ocorreu entre 21 de dezembro e 2 de janeiro, convocada pelo Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU), para exigir paridade com a carreira técnica superior da Administração Pública.