Porque não associar à Agenda 2030 da ONU uma Agenda da Felicidade com objetivos a cumprir num dado período de tempo num determinado país, ou a nível mundial, entendendo a felicidade como o bem máximo a que as sociedades humanas podem aspirar fruto do seu desenvolvimento sustentável?
O exemplo de boas práticas chega-nos dos Emirados Árabes Unidos e do Dubai. Os vestígios desta ideologia, que insiste nos indicadores de felicidade, tinha já sido inaugurada no Butão, há décadas. Salvaguardadas as devidas distâncias, e contornando uma abordagem simplista destes modelos, vamos dizer que de há alguns anos a esta parte, alguns países tiveram a oportunidade de se repensarem enquanto sociedades humanas em que a qualidade de vida não se mede apenas por indicadores económicos.
Novos conceitos de governação impuseram-se materializados num Ministério da Felicidade, criado em 2016, que assenta uma estratégia de comunicação governamental orientada pela positividade onde cabe um Plano Nacional da Felicidade (PNF). O governo do Dubai segue um Roteiro para a Felicidade e Positividade. Este novo conceito de governação pretende liderar um novo conceito de governação e dar o exemplo ao mundo. As Lojas do Cidadão chamam-se Lojas da Felicidade.
O PNF compreende áreas de atuação como: inclusão da felicidade nas políticas, programas e serviços de todos os órgãos governamentais, bem como no ambiente de trabalho; consolidação de valores de positividade e felicidade como estilo de vida nos Emirados Árabes Unidos; desenvolvimento de ferramentas e índices para medir os níveis de felicidade.
Artigo Opinião: José Morais, coordenador e professor ISPGAYA.