E já estamos em 2024. Espero que tenham entrado com o pé direito no novo ano. Pelo que podemos ir lendo na comunicação social, também o nosso país está a entrar com o pé direito neste ano no que respeita à sustentabilidade.
Os dados anunciados já no ano passado sustentam (desculpem a redundância) que Portugal está a evoluir positivamente em 61% das metas estipuladas em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a chamada Agenda 2030, conforme o segundo Relatório Voluntário Nacional 2023 sobre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A informação disponibilizada confirma que não só o país está empenhado na implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU, mas também que as metas estão a evoluir no sentido desejado, apesar dos impactos da pandemia e da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Ilustrando um cenário otimista, os dados disponíveis para Portugal assumem uma cobertura de 69%, relativamente ao total dos 248 indicadores da ONU.
Mas estão, o que falta fazer? Onde devemos investir para chegar a uma nota positiva em 31% dos restantes indicadores?
Segundo o mesmo relatório, na área que respeita à economia voltada para as pessoas, e concretamente na indústria, inovação e infraestruturas, os dados indicam um caminho diverso do da sustentabilidade. Sobre igualdade de género e proteção da vida marinha, o país ainda não tem forma de apresentar dados sólidos que permitam monitorização em tempo real do que vai acontecendo. São temas que continuam evanescentes, por enquanto, e que nos dizem o tanto que ainda há para fazer na direção do desenvolvimento sustentável.
Artigo Opinião: José Morais