Nos dias que correm, constata-se que Portugal, a Europa e os EUA têm visto em cima da mesa das decisões políticas possibilidades de governo eleito e em funções que cobrem (aparentemente) todo o espectro político. Basicamente, podemos englobar as possibilidades de governo em dois grandes conjuntos de entendimento da existência humana: ação e/ou reação. Sempre foi assim, e sempre será.
Dentro dos entendimentos que cada bolha de informação, que os seus mecanismos mediáticos tentam passar como a verdade única e absoluta, existe a tendência crónica na Europa ocidental, e de uma forma geral no mundo ocidental, no sentido de entender que todos os que são beneficiários de algo relacionado com o estado social devem ser obliterados, feitos «desaparecer da vista», pelo menos da vista da opinião pública.
Vamos começar numa ponta e acabar noutra dessas pessoas que devem desaparecer: estrangeiros e seus filhos; beneficiários de subsídios (quer trabalhem ou não); pensionistas (mais velhos ou mais novos, quer trabalhem ou não), etc.
Ora bem, a sustentabilidade assenta em 5 Ps, e um deles é «Pessoas». Não «estas e/ou aquelas Pessoas», mas sim «todas as Pessoas». Mais ainda, a social democracia deixa-nos na Europa Ocidental uma responsabilidade incomensurável. É sobre os ombros desse gigante legado que devemos tentar caminhar.
Deixo uma reflexão. Durante o período que antecedeu a ascensão do nacional socialismo na Alemanha, a social democracia demarcou-se, claramente, de todos aqueles idiotas que iriam «limpar» o país. É claro que não vamos diminuir assimetrias sociais com um discurso político que separa as Pessoas. A Agenda 2030 – contém 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), objetivos para um mundo mais sustentável e justo.
Artigo Opinião: José Morais