Durante a década de 80 do século passado foram amplamente divulgadas em ambiente universitário as propostas de Pierre Bourdieu, um professor e investigador francês, entretanto falecido, cujo legado vai continuar a ser respeitado por muito tempo.
As propostas que fez foram desafiantes, pois, basicamente, vêm mostrar que a naturalização dos fenómenos sociais está associada a «efeitos de lugar». Os destinos de pessoas, e dos grupos sociais, está dependente das posições que (de)têm, em determinado momento, que são, em boa verdade, as «suas» posições. As posições concretas das pessoas são o que as pessoas «são» concretamente.
Este «agora» das posições é o retrato e o momento que se perpetua. Os destinos das pessoas são um «transporte» do agora, novamente concretizado num momento futuro. Este raciocínio é válido para círculos de pobreza ou de riqueza, de desenvolvimento ou de subdesenvolvimento, de pessoas e de países, e, (porque não?) do planeta.
Assim sendo, quanto mais for concretizado no «agora» em termos de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mais presente isso estará no que será a realidade das sociedades e do planeta no futuro, por exemplo em 2050.
Mas basta de raciocínios vagos por hoje. Respondam a esta pergunta, antes de se preocuparem em alterar o vosso destino e o destino do mundo. Colocaram as vossas pilhas usadas no pilhão?
Artigo Opinião: José Morais – Professor Coordenador ISPGAYA